Nem sempre o que um homem começa
O mesmo homem termina
A vida nos traz controvérsias
A vida nos traz novas rimas
Gargalhamos pelas agruras do passado
Choramos pelas que se aproximam
Agora cantamos lindas melodias
Daqui a pouco talvez gritaremos por socorro
O homem por sí só às vezes é um gênio
Na maioria das vezes, é simplesmente um tolo
E cadê os sonhos?
Para onde foi a esperança?
Somos os homens fortes das guerras
Dentro de nós, atemorizam-se crianças
Quantas vezes planejamos o futuro
E no final de tudo nos sobrevém a indagação:
Estarei lá?
Somos o ontem para alguns
Somos o presentes para outros
Para quem seremos o amanhã?
As principais barreiras em nossas vidas, somos nós que as
produzimos
E mesmo assim vamos indo
E procuramos sempre culpar a alguém por aquilo que colocamos
lá, bem a frente
No entanto, sentimos o impulso para continuar tentando
E talvez consigamos terminar, o que simplesmente começamos.
Jota Alves
Amei esse texto. Fez-me refletir sobre valores.
ResponderExcluirBelo este texto. Ele nos faz refletir nosso cotidiano.
ResponderExcluirJota Alves, estou vendo que você é um grande poeta! Meus parabéns, seus escritos são muito bons, dignos de uma bela publicação.
ResponderExcluirAo dar uma lida nos seus textos pude perceber que são bastante trabalhados, e refletem que o seu autor (ou seja, você) tem muita sensibilidade poética, trazendo, como a maioria dos poetas contemporâneos, as contradições do homem moderno.
Tenho absoluta certeza que somado a essa "sensibilidade", estão as experiêcias de um homem vivido: amores, medos, traumas e certezas cheias de incertezas em relação ao futuro. São inúmeras coisas na mente (tanta gente, temas, problemas, dúvidas); tudo isso faz com que nós (seres humanos do século XXI) tenhamos a necessidade de voltar a falar sobre a fugacidade de tudo isso, inclusive da vida. Principalmente da vida.
É meu camarada, essas reflexões existenciais são uma grande matéria prima para a produção das artes em geral.
Um grande abraço.